Gôndola

18 de jun. de 2012

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Minha matéria, na forma de meu corpo
como abstratas grades, me aprisionou
No âmago, de mim, sou fugitivo
em busca de um lugar seguro
escondido das idéias, esquivo das vontades
E assim, sou, agora, e depois, anônimo
Na linha do tempo, no verso das memórias
poeira num túnel de vento
assim renasço como o amor num campo de batalha

Eis que só ao me perder consigo me reencontrar
Pois despertencido estou

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