Gôndola

3 de ago. de 2012

Seu Céu

Crédito: Di Santos

Depois, aqui, ou antes, em qualquer lugar
Era o agora, e agora não é mais
Um bobo em rotação, um tonto em translação
Eu, meio marrudo, um pouco atrapalhado
O suficiente sortudo

No meio de tudo, no ponto de origem
As vezes vertigem, as vezes confuso
E ainda que ouvisse, ou visse,
E ainda que sem tato, mas intacto
Seria eu, errante, o eu de antes

Parado, voltando, ficando parado
Sonhando, gostando
Carregando o meu fardo
E o povo passando
E a lua chamando as estrelas
Pra pintura do céu enfeitar

E por dentro eu chorando, por fora eu sorrindo, pedindo.
E os olhos, brilhantes de dor e vermelhos de amor, mostrando
As coisas que o coração, mesmo que batendo pouco,
mesmo que batendo muito, ainda sente
Mesmo que descrente

Por fim ninguém nunca sai
ninguém nunca fica
Por fim tudo recomeça, o  novo, o antigo,
pra não acabar
E tudo que acabou, não acabou
Tá morando lá no céu comigo

(Escrito nos idos de 2003, ou um pouco antes, talvez. Revisado, repassado, repensado e, finalmente, postado)

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