Estou, mas não sou um barco à deriva
As calmarias precederam as tempestades
O silêncio anunciou veemente
A ausência influenciou entrementes
A fantasia me enganou, finalmente
Cuidei das porcelanas, quando deveria ter feito o chá
Cuidei das cortinas quando o sol deveria entrar
Cuidei dos sapatos, e não te levei a passear
Cuidei das plantas, mas não soube te fazer desabrochar
Achando que cuidava de tudo, a tudo negligenciei
Quando bradei ao invés de acalmar-te
Quando exigi ao invés de dar-te
Quando chorei ao invés de curar-te
Quando tudo isso fiz, do amor sincero eu me desfazia
A força então, se esvaia, não a minha, mas a tua
Então voltei a bradar, chorar, exigir, mas, agora sem ti
E sem ti, sou um barco à deriva
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