Gôndola

22 de jun. de 2012

Por vir

Foto: Thomaz
De fio infinito, é a navalha empunhada pelo acaso
Fazendo incisão no ponto onde príncipio e fim coincidem
Sem podermos distinguir, se é que existe, o limite entre um e outro
Tal qual veneno e antídoto
Tal qual alma e ossada, ambas esquálidas
É neste momento, quando somos verso e anverso, que não somos nada
É desta morada, onde nascemos e morreremos, que não guardaremos lembranças
É pelo medo do pecado, que não viveremos além da palidez da ignorância
Em nome do senhorio de todos, guardião do negligente destino
Assim, jamais seremos pó, tampouco história

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