Gôndola

28 de jul. de 2012

A Espera

Venho de um lugar distente, tão distante que o longe se torna aqui.
Na memória, fragmentos de fatos que vivi, fotos, lembranças, recortes de revistas, aromas, saudades daquilo que pude sentir.
Sentimentos vagos, sonhos silenciosos, alma medrosa. Amedrontada pelo vazio, vazio alimentado pela incerteza. Nada de concreto, só o vazio.
Escuto o meu silêncio, procuro alcançar com as mãos o meu eu, meu segredo, minha espera.
Espera que de tão longa tornou-se vagarosa, se arrastando, perdida lá, bem no começo do longe.

Autoria: Genesaré Antonieta Pereira, minha mãe.

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