Quão profunda é uma alma?
Quão
sinuosos são os caminhos que levam ao coração?
Quanto
de nós ainda é puro?
Quanto
somos verdadeiros?
Quantas
perguntas a nosso próprio respeito podem ser feitas, e quantas respondidas?
Disseram-me
que, invariavelmente, as maiores dádivas de Deus são as preces não respondidas.
Seria teimosia desejarmos algo que não foi concebido para nós? A dinâmica de
mudança que vemos em tudo, e em todos, não é aplicável também à tais coisas,
quando a nós relacionadas? A essa teimosia poderíamos chamar de obstinação,
dando a ela o caráter de uma virtude?
Ainda
não vivi o bastante para entender, então creio que sou um desses teimosos, que
prefiro chamar por otimistas, mas que muitos tratam por não realistas.
Por
isso almejo tanto o Conhecimento, porque talvez me traga conforto, porque
talvez altere minha natureza. Por isso quero estar na Luz, a que o Conhecimento
provê, e assim quem sabe vislumbrar o início de algo que é infinito.
Eu
poderia aprender, eu poderia descobrir. Mas, nesses dias, tais verbos não tem a
mesma amplitude. Pois ao passo em que a voz corrente é de que nada mais possa
ser descoberto ou aprendido, nos afastamos do conhecimento, e, por
consequência, da luz.
Reaprender:
a andar, a falar, a sonhar, a amar.
Redescobrir:
a América, o cosmos, a nós mesmos.
Aceitar
pode ser simples conformismo ou virtuoso bom senso, ou no final apenas a única
alternativa que se tem.
Enquanto
isso a história não pára e nunca tem fim.
(Criado em meados de 2004. Depois de naftalinizado, postado.)
(Criado em meados de 2004. Depois de naftalinizado, postado.)
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