O choque do NÃO
A porta e a janela, trancadas. A boca e os olhos, fechados.
Afogo-me num pranto represado, que tem o peso de um céu, é quente como um inferno e saboroso tal qual um paraíso perdido.
Os passos não produzem som algum, busco olhares no escuro, as mãos tateiam o desconhecido, o olfato sente o cheiro do meu medo.
Só o que sinto, é o gélido toque do desespero.
Os pensamentos vencem a distância, velozes atiram-se contra o nada.
Chamávamos isso destino, julgávamos inevitável, pois, sabido, é inexorável.
Caminhos insólitos, êxodo solitário.
Idéias quebradas, coração partido.
Sem controle e sem direção.
O último rastro está diante do mar.
(Escrito no ano de 2004, no mês de junho. Várias vezes reescrito até ser divulgado)
Entendo essas palavras tentando decifrar o futuro ao qual só saberemos amanhã e depois e depois...
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