Gôndola

17 de jul. de 2012

Vernissage

Fonte: Tribuna do Norte





Vos ofereço minhas palavras, não emprestadas, não por comodato, mas dadas.
Eis que, de outra forma qualquer, sou incapaz de exprimir minhas idéias, anseios e sentimentos.
Porque as pinturas que posso pintar, ou as esculturas que minhas mãos conseguem esculpir, são nada além que porções dessas palavras, juntas e aleatórias, impressas pelos tipos da minha datilografia mental.
Sem classificação, sem poderem ser catalogadas.
São meros devaneios, e somente a visão peculiar de cada unidade, que é sempre mítica e muito óbvia, as interpretará. Assim, cada um decidirá onde termina a estrada, ou qual o tipo de dor que faz um rosto parecer triste.
Diante disso, da minha limitação expressionista, e da impressionante nostalgia que cinge a minha mortal arte, e para que eu possa deixar o prolixo de lado, faço agora um convite a todos. No diminuto salão que guarda minha ilimitada alma, neste espaço infímo, conheçam a exposição da minha breve história, que de qualquer forma será curta, porém repleta de toda sorte de tentativas. Vejam os afrescos aliterados, os vitrais em mosaico de verso e proza, e as aquarelas metafóricas. Tudo isso feito de sangue, e lágrimas.

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