Gôndola

28 de mai. de 2015

Becos e Buracos

Maldição da noite, ruas da cidade viciada
Entre becos e buracos, lixo e entorpecentes, estamos anestesiados
Milhões de almas consumidas e atormentadas
Onde estão os anjos que Deus mandou pra me salvar?


Sinto os seus olhos, são apenas luzes fracas
Que me caçam com vontade, me espreitam
Lampejos e ilusões, disfarçados de sonhos de amor
Mas você morreu, e eu morri também

Seu corpo a cair do céu, com ele lágrimas e rubis
Chuva de sangue alimentando as pragas no meu jardim
Florescem, crescem, isto será vida, e será nosso segredo
Pois temos medo, e uma porção de humanidade,
isto será o caminho, eu digo e posso te mostrar

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte,
não temeria mal algum, porque tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me consolam
Eu disse a mim mesmo: Venha. Experimente a alegria.
Descubra as coisas boas da vida!
Mas isso também se revelou inútil


Provei da dor, do céu e do inferno, frio e calor
Encontrei o paraíso na tua pele alva, tua oferta fácil
Em cada átomo, sonho e pensamento, eu nunca dormi
Fui mais forte, enquanto caminhava rumo a insanidade


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